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Delegados se reuniram em Maringá para reivindicar investimentos na Polícia Civil

1 de setembro de 2017

Transferência de presos para o sistema prisional é a maior prioridade para a categoria

 

        Transferência imediata de presos mantidos ilegalmente em carceragens das delegacias; falta de delegados, escrivães e investigadores; viaturas e estruturas sucateadas, foram as principais reclamações levadas à Associação dos Delegados de Polícia Civil (ADEPOL) em duas reuniões, realizadas em Maringá, nesta quinta (31). O presidente da Associação, delegado João Ricardo Képes Noronha, reuniu-se com o vice-prefeito de Maringá, Edson Scabora, e depois com 45 delegados da região de Maringá, Londrina e Campo Mourão.  

         A Adepol tem se reunido com os prefeitos do interior do Paraná levando as demandas mais urgentes da Polícia Civil. O Objetivo é conseguir o apoio dos chefes do executivo municipal para cobrar do Governo do Estado que retire os presos mantidos ilegalmente nas carceragens de delegacias e realize os investimentos necessários para que a Polícia Civil consiga cumprir sua missão de investigar crimes e promover maior segurança à população.

         Noronha afirma que foi diagnosticado um aumento significativo da violência no Estado juntamente com o sucateamento de recursos destinados à Polícia Civil. “Nós temos uma diferença no Paraná entre o discurso político e o que está ocorrendo na prática. Faltam delegados, escrivães e investigadores em todos os municípios. O quadro de funcionários está defasado em 50%. Também faltam viaturas, armamento de qualidade e coletes balísticos com prazo de validade em dia”, enumerou.

         A manutenção ilegal de presos nas delegacias é o maior problema denunciado pelos delegados. Hoje, há cerca de 10 mil presos nas carceragens. O Paraná é o único Estado do Sul do Brasil a manter essa situação caótica de presos em carceragens de delegacias.

         “Lugar de preso não é em delegacia, é no sistema prisional. Delegacia de polícia serve para atender ao cidadão, às vítimas. E a função dos delegados e investigadores é investigar crimes e não cuidar de presos 24 horas por dia. A cada dia que essa situação continua, a sociedade é quem perde no atendimento para que os criminosos sejam identificados e punidos, diminuindo a criminalidade”, afirmou Noronha.  

         O vice-prefeito de Maringá, Scabora, reafirmou a prioridade que o município tem dado à segurança e reconhecer como legítimas as demandas da Polícia Civil. “Estamos cobrando com a insistência necessária os investimentos no aparato policial. Entendemos como urgente o enfrentamento dos problemas de insegurança e as questões relatadas aqui pela associação são temas que merecem ser tratados com a mais absoluta preocupação”, disse.

         Também participaram da reunião o diretor jurídico da Adepol, Pedro Felipe Andrade, o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (Sidepol-PR), Cláudio Marques, o diretor da Guarda Municipal de Maringá, Osmar Machado, o secretário-executivo do Gabinete de Gestão Integrada, Felipe Monteiro, e o secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Francisco Favoto.

 

Fotos: Vivian Silva / Prefeitura de Maringá

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